sábado, 21 de novembro de 2009

Day 0 – Agente Duplo

15/Nov/2011 – 2140 GMT -3

Enquanto que a Sgto. Ramos estava ocupando todo o dormitório, resolvi caminhar para explorar todas as instalações possíveis do quartel. Soldados corriam, descansavam, enfim seguiam as suas atividades.

Com o canto dos olhos, observava o posicionamento das câmeras. Claro, evitava olhar diretamente para elas, e preferencialmente, caminhava quando possível nos pontos cegos das câmeras. Apesar que o Exército Brasileiro pouco se importava em recursos hi-techs para todo o pelotão do país. Apesar que para a "agência*" que trabalho, tecnologia não falta.

Com discrição, me encosto na parede, coloco meu óculos de grau fraco, para não causar suspeitas que contém uma micro-câmera e vejo à 300 metros de minha posição uma conversa entre 2 capitães e um cívil.

"É... alvo localizado."

Observando a conversa, começo a ter flashs novamentes, minha mente começa a focar em outras coisas.

"Droga, preciso me focar na missão."

Os homens da conversa analisam um carregamento que será transportado para fora da base.

"Tenho que verificar o memorando."

A noite é uma aliada para minha discrição. Com o relógio que está em meu pulso, miro para os dois postes e aperto o botão, que faz com que as luzes dos dois postes comecem a falhar. Corro para mais perto deles. Mas estava começando a ficar perigoso. Estava chegando a hora da revista dos quartos. E para piorar o jipe da Polícia do Exército estava chegando próximo a mim.

"Se eu não pensar em algo estarei muito encrecado".

Achei uma pedra do meu lado, com toda força que tinha joguei a pedra em direção à janela que a patrulha da PE estaria passando. Com o barulho a PE imediatemente parou para averiguar o estrago. Ainda tinha tempo para passar pela escuridão dos postes apagados.

"Caso puz a perder a missão."

Consegui entrar dentro do alojamento, desarrumei o meu cabelo, guardei o meu óculos e tentei mexer o meu cabelo para fazer cara de sono. E escuto os alto-falantes.

"Todos os recrutas, ao seus dormitórios para inspeção."

"Isso não é bom." Fico apreensivo.

Entro rapidamente no quarto e vejo a Sgto. Ramos dançando aquelas músicas da moda.

- Ei Moraes, onde você estava? – Perguntou ela.

- Não é da sua conta pirralha! – Respondi com raiva.

- Eu vou falar para os monitores que você estava fora do dormitório a noite toda.

- E falo que você não está com o comportamento apropriado para uma Sargento – Devolvi a ameaça.

- Vamos fazer assim, vamos arrumar o quarto antes que chegam os monitores e vejaam essa bagunça.

Ela concordou e fizemos o possível e cada um foi para a sua cama.

- Dorme ou se faça de sono.

Os monitores abriram com tudo a porta e viram que nós estávamos "dormindo". Eu questionei o que estava acontencendo, mas eles falaram apenas para dormir. E foram embora.

- Ei Moraes, você me deve explicações. – Retrucou ela.

- Depois eu falo, mas por hora vai dormir. – Respondi para ela

Mas eu não consegui dormir. Eu ficava pensando nessa missão. Eu já estava começando a ficar cansado. Cansado de muita coisa. E questionando se estou no lado certo, dos mocinhos. Ou do lado errado, dos malvados.


 

*Nota do autor: Os mistérios sobre essa agência será revelada num momento oportuno.

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